ABSTRACT
Foi estudado o efeito da cocaina em 24 ratas da linhagem Wistar. Elas foram subdivididas em três grupos: oito fêmeas receberam 15 por cento da DL50 (D1), oito receberam 30 por cento da DL50 (D2) e oito serviram como controle (C). A droga foi aplicada na cavidade peritoneal durante toda a gestaçao. O grupo controle recebeu soluçao fisiológica. Os seguintes parâmetros foram estudados: ganho de peso, agressividade, temperatura retal, porcentagem de acertos no labirinto (sim/nao), porcentagens de abortos e malformaçoes grosseiras. Foram obtidos 79 recém-nascidos no grupo controle, 82 no D1 e 58 no D2. A cocaína reduziu o número de recém-nascidos no Grupo D2 (p=0,031). Neste mesmo grupo foram observados, um caso confirmado de aborto, um natimorto e alto número de canibalismo. Nao foi detectado malformaçoes grosseiras ou alteraçoes de reflexo neurológico. A cocaina nao teve influência no ganho de peso na gestaçao, na temperatura materna, na porcentagem de sucesso ou no tempo gasto no teste do labirinto. Nao houve diferença na agressividade entre os grupos tratados (cocaína) com os controles, em nenhuma dose. Observou-se entretanto, menor agressividade durante a gestaçao tanto no grupo da cocaína (p < 0,001) ou quando se associou a droga ao grupo controle (p < 0,0001) provavelmente o efeito da própria gestaçao